terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Chiesa di San Pietro


A primeira vez que a avistei foi em uma noite próximo ao horário do pôr do sol, saímos para dar uma volta de carro e eu nem imaginava que naquele dia eu veria a igreja do Vaticano. Na verdade pensei que isso aconteceria no primeiro dia em que cheguei à Roma, dia de Corpus Christ. Mas, conforme relatado em outro post a missa foi em outra igreja e Corpus Christ nem se quer é feriado na Itália. Então, naquela voltinha agradável pelas ruazinhas romanas, Gaetano perguntou se eu estava pronta e eu sem entender para que mas disposta a aproveitar tudo daquela viagem disse que sim, foi quando após uma curva à esquerda entramos em uma rua larga, linda e lá ao fundo estava ela... a Basílica de São Pedro com todas aquelas estátuas lá em cima olhando diretamente a você. Eu não sei nem o que senti na hora, pois fiquei sem palavras e a Sara e o Gaetano acharam o máximo a minha cara de espanto.. Rs. Porém, naquele dia estávamos apenas de passagem mesmo. 



Voltei à igreja uns dois dias depois quando após desistirmos da fila de quatro horas para visitar o Museu do Vaticano, fomos visitar à Igreja de São Pedro. Do lado de fora viam-se inúmeras bandeiras e faixas com fotos do Papa João Paulo II por ser o ano de sua beatificação. Para adentrar à igreja haviam guardas por todas as partes e na entrada eles verificavam a vestimenta de cada um e caso seu shorts estivesse para cima do joelho ou seus ombros à mostra, você não poderia entrar no local sagrado. A igreja católica deveria ser mais rígida nesse sentido pelo resto do mundo e não apenas na Itália, às vezes vemos cada coisa que é melhor nem comentar. Do lado de dentro, só emoção. Tenho a impressão de que fiquei com a boca aberta a maior parte do tempo, era tudo tão lindo, tão alto, com tanto brilho e o impressionante barroco que já havia me conquistado de outras igrejas. A guarda do Vaticano, que é formada por poloneses e não italianos, se veste de maneira muito colorida e engraçada, mas eles estão em forma e sérios. 

O que achei muito curioso,  porém não me surpreendi dada a normalidade disso na Itália, foram os túmulos dos papas antigos, pois nós brasileiros não temos hábito de ficar olhando para os mortos. A Pietà de Michelangelo criada em 1499, hoje é protegida por um vidro devido a um ataque em 1972. Ela e os quatro pais da igrejas, Gregório, Ambrósio, Santo Agostinho e Jerônimo, foram as esculturas que mais chamaram a minha atenção, são ambos muito lindos, embora eu tenha imaginado a Pietà uma escultura gigante e me decepcionado ao ver que não era. A Basílica é repleta de obras de arte valiosas, incluindo algumas da Basílica original construída no século IX por Constantino. Para se chegar ao Domo de São Pedro é preciso subir nada menos do que 537 degraus ou pode-se pegar um elevador pelo lado de fora mediante o pagamento de uma taxa. Mas, a visita é no mínimo impressionante e vale muito a pena, com a altura de 136,5 metros, o Domo foi criado por Michelangelo que infelizmente morreu antes de terminá-lo. Lá de cima observando a Basílica internamente as pessoas parecem todas formiguinhas. Externamente a esplendorosa Praça São Pedro fica mais linda e o jardim do Vaticano que pode ser visto do lado contrário à praça, também impressiona.

Voltando à Basílica, abaixo do Domo fica o Baldaquino criado por Bernini em 1624, o extravagante dossel barroco situa-se sobre o túmulo de São Pedro. Andei com Sara por horas dentro da Basílica e sempre tinha um ponto que não havia visto ou algo que enxergava de uma outra maneira após observá-lo novamente. Se alguém parar para observá-la detalhadamente é possível que passe o dia inteiro lá e ao olhá-lo novamente tenha também uma segunda impressão. É incrível como a igreja católica é rica e esplendorosa  Estou apaixonada pelo Vaticano e voltarei assim que possível.


Até o próximo post.
Saúde, sucesso e sorrisos :)
Gabi

Nenhum comentário:

Postar um comentário