A Piazza di Spagna e a Piazza del Popolo, ou Praça do Povo, situam-se no Nordeste de Roma, que vai das ruas comerciais que circulam a Praça Espanha até o Monte Esquilino, que já foi um lugar burguês e atualmente exibe muita pobreza além de suas igrejas antigas.
A Piazza di Spagna e o emaranhado de ruazinhas ao seu redor constituem uma das áreas mais seletas de Roma, tanto turistas como romanos são atraídos para esta região, onde a praça e os barzinhos ao redor ainda são lugares para quem quer ver e ser visto. A Via Condotti, que fica bem em frente à Praça Espanha, é uma espécie de 5ª Avenida de Nova Iorque, longe de ter o mesmo tamanho e conjunto de grandes marcas no mesmo lugar, mas a Via Condotti faz o seu melhor, abrigando lojas de marcas mundialmente conhecidas e o Café Greco o mais antigo café de Roma, existente desde o século 18 e frequentado até por Goethe. A praça deve seu nome ao Palazzo di Spagna, construído no século 17 para sediar a Embaixada Espanhola na Itália. Sua escadaria foi construída de 1723 a 1726 pelo arquiteto Francesco de Sanctis com a finalidade de ligar a praça à igreja francesa Trinità dei Monti. E a fonte em forma de barca, chamada de La Barcaccia pelos romanos, foi obra de Pietro Bernini, menos famoso que seu filho, Gian Lorenzo Bernini e situa-se aos pés da escadaria devido à baixa pressão da água.
A Piazza del Popolo é uma das maiores praças romanas, toda charmosa com sua porta, sim a praça tem uma porta, abriga a Igreja de Santa Maria del Popolo e as igrejas consideradas gêmeas, Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli, por serem simétricas. A igreja de Santa Maria del Popolo foi erguida no século XI onde Nero morreu e foi sepultado. Entre 1472 e 1477 possuiu aspectos renascentistas, tendo sido reformada por Bernini entre os anos de 1655 e 1660 adquirindo o estilo Barroco, o qual mantem-se conservado até hoje. Na igreja encontramos obras relevantes como a Conversão de São Paulo, a Crucificação de São Pedro, obras de Caravaggio, afrescos de Pinturicchio dentre outras obras. As igrejas simétricas constituem os dois pólos do Tridente formado pelas vias Via del Corso, Via dela Babuino e Via Ripetta. A praça atingiu a configuração final apenas no final do século 18, inicialmente era apenas uma praça trapezoidal que alargava a medida que se aproximava do Tridente. Giuseppe Valadier foi o responsável pela forma elíptica que hoje a praça tem, assim como o último a realizar modificações como a retirada de um fonte e a instalação de quatro leões em mármore que despejam água em quatro vasos.
Roma é uma cidade esplendorosa e repleta de praças, no entanto, a sensação e o encanto de cada uma são únicos. Confesso que a primeira sensação que tive quando em Piazza di Spagna, foi decepção. Calma! Eu explico! A imagem da praça divulgada nos guias turísticos e na maioria dos blogs de viagens pela internet (assim como no meu... risos) é a imagem das escadarias da praça repleta de flores, e não os culpo hoje desse lado da moeda como blogueira, a nossa maior motivação é em mostrar o que há de mais belos a vocês caros leitores e de fato a Scalinata di Spagna repleta de flores é magnífica, embora essa dádiva só possa ser contemplada pessoalmente durante a primavera. Passada a decepção iniciante a praça é uma graça e a Via Condotti glamour puro. Já quando em Piazza de Popolo senti-me formiguinha devido à imensidade da praça. A porta de entrada é como um portal, quando se passa por ela não se imagina a imensidão do que abrigam as paredes em volta da porta. Surpreendente. As duas praças fecharam esse dia incomparável e inesquecível.
Até o próximo post.
Saúde, sucesso e sorrisos =)
Gabi
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