segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pasta all'amatriciana e gelato

Huuumm... mais um post gustativo. \o/
No dia em que visitei o Pantheon saindo de lá em um horário próximo ao almoço e já com fome, almoçamos Sara e eu em uma cantina sugerida por Gaetano e mantendo a prática de não repetir os pratos, meu almoço foi Pasta all’amatriciana uma pasta que aparentemente é macarrão com bacon, mas na prática, no prato e na boca... Surpreende.

Segue receita...

Pasta all’amatriciana
Ingredientes:

• 500 g de espaguete
• 1 ramo de salsinha picada
• 2 dentes de alho picados
• 300 g de panceta
• 6 tomates maduros sem casca
• 1 pimenta dedo de moça inteira
• 150 g de queijo italiano pecorino ralado

• 1 colher de sopa de banha de porco
• sal quanto baste

Prepare assim:

• Aqueça a banha de porco e doure o alho picadinho na frigideira;
• Adicione a panceta em pedaços e deixe refogar bem, acrescente sal e pimenta moída na hora;
• Adicione os tomates, a pimenta dedo de moça e deixe cozinhar por aproximadamente uns 20 minutos;
• Enquanto isso cozinhe o espaguete em água já salgada, o escorra e o transfira para a frigideira com um pouco da água do cozimento;
• Espalhe a salsinha por cima misture bem e sirva com o pecorino. 


Essa foi a primeira vez que realizei uma refeição em uma cantina italiana e quando o garçom perguntou o que eu beberia eu pedi um refrigerante de laranja, para espanto de Gaetano quando perguntou o que eu havia almoçado e eu imaginando que fosse normal tomar refrigerante junto às refeições conforme costume brasileiro, lhe disse Pasta all’amatriciana e refrigerante de laranja. Proibido não é e Sara e Gaetano disseram que eu poderia tomar o que quisesse para acompanhar as refeições, no entanto era de costume italiano deliciar-se com uma massa acompanhada de vinho ou simplesmente água. E assim fizemos até o fim dessa viagem, quando Gaetano estava conosco ele sempre escolhia um vinho divino e quando estávamos só nós duas tomávamos água e por incrível que pareça  esse detalhe faz toda a diferença, dependendo do vinho o sabor da comida era acentuado, o que não acontecia ao tomarmos água, no entanto o sabor da água não influenciava o sabor da massa, como acontece ao ingerirmos refrigerante para acompanhar as refeições.

Após essa pasta divina e tipicamente italiana a sobremesa também não poderia deixar de ser. Tomamos sorvete na Giolitti, localizada na Via Uffici del Vicario, número 40, 00186 Roma, a gelateria mais antiga, famosa e tradicional de Roma, tendo nascida em 1900 a gelateria é frequentada pelo Parlamento italiano e por celebridades como a família Obama e Cameron Diaz. A decoração é impecável e a infinita variedade de sabor a/o fazem perder no mínimo uns 20 minutos apenas para escolher que sabores pedir.
Espero que tenham degustado a leitura e a pasta all’amatriciana =)

Até o próximo post!
Saúde, sucesso e sorrisos =)
Gabi

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Voltei \o/

Olá queridos leitores,

Sumi e nem dei satisfação a vocês. Muito mal educado de minha parte, desculpem-me! Duas semanas e meia longe daqui e eu já estava morrendo de saudades. No entanto, escrever qualquer coisa para cumprir tabela não rola, muitas coisas aconteceram e o tempo passou correndo por mim. Mas, cá estou novamente pronta para darmos continuidade às nossas experiências. Digo nossas porque embora o blog tenha esse jeitinho de diário de viagem e eu tenha poucos carimbos em meu passaporte, o importante não é a maneira como a informação chegará a vocês, tampouco o número de viagens que realizei (não desconsiderando que quanto mais experiente melhor, já que a prática facilita algumas coisas e evita embaraços), mas sim o impacto que isso lhes causará. A pretensão de ser mais um guia turístico ou a aspiração de ser a próxima Viagens e Turismo, não é a minha (risos).
Viajar nos traz inúmeros benefícios e o melhor, na minha opinião, é a melhoria em nossa qualidade de vida. Que não é temporária, como por exemplo, nosso período de férias. Mas uma melhoria contínua em nossos hábitos de aproveitar mais a vida e as oportunidades de diversão e entretenimento  que são sempre regadas de conhecimento.
Apesar, do blog se chamar ‘De malas prontas!’ e eu estar descrevendo a incriiiiiiiivél viagem que fiz a Itália, os benefícios das viagens como crescimento pessoal; amadurecimento; descoberta de novas cidades, museus, parques e pessoas; conhecer a cultura local; aprender algo novo como cozinhar, desenhar, fotografar, tocar algum instrumento, um idioma ou uma arte, são atividades e aprendizados que podem ser adquiridos em diversas viagens e diversos passeios, sem necessariamente ser aqueeeeeele hiper mochilão pela Europa. Uma vez em uma mega viagem despertará em ti uma enorme vontade de viajar mais e mais, de conhecer novos lugares, novas culturas e novos hábitos. Você pode resolver ficar um mês em outro país ou um final de semana na cidadezinha mais próxima, se a sua intenção for de viver uma experiência nova, não importa para onde você vá.
Meu intuito é instigá-los a descubrir novos mundos. O meu maior anseio é que de alguma maneira vocês se inspirem a realizar viagens e mais viagens, que meus posts os instiguem a colocar uma mochila nas costas, um bom guia debaixo do braço e embarcar mundo a fora trilhando novos caminhos. Saiam e descubram um mundo inteiro a nossa espera. Que a curiosidade de criança e a capacidade de se encantar com o novo, o belo e o diferente, que muitos conservam até hoje, esteja sempre presente e alimentado pelo gosto de viajar e descobrir o mundo, mesmo que esse mundo não seja o mundo inteiro e sim o seu interior. Essa por si só será uma experiência inigualável.

Espero que tenham apreciado a leitura.

Um beijo, um abraço e um sorriso =)
E até o próximo post.

Gabi

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Pantheon.

Bem-vindo ao monumento mais inacreditável de Roma, em uma cidade que abriga o Coliseu, o Antigo Fórum Romano, o Altare della Patria, incontáveis igrejas e basílicas, uma vasta gastronomia, além da grandeza de sua história, não há como elegermos o melhor ou o mais bonito. No entanto, eu que nunca havia pesquisado a respeito do lugar, fiquei encantada com as peculiaridades do Pantheon.
Na Piazza della Rotonda encontramos o Pantheon, também conhecido como Pantheon di Agrippa, o monumento é atualmente o edifício mais antigo de Roma, bem preservado e em uso desde sua construção, que ocorreu  na época greco-romana, entre 27 e 25 a.C. por Marco Vipsânio Agrippa, a ele se deve a escrita ‘M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT’ que significa, ‘Construído por Marco Agrippa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul’.  O edifício que primeiramente teve o formato retangular, ganhou o formato atual em 125 d. C. quando após um incêndio que o destruiu Adriano teria o projetado e reconstruído, realizando um sonho de construir um templo para todos os deuses. Foi daí que surgiu o nome Pantheon onde pan significa todos e théos, deuses. O que durou até 609 quando o Papa Bonifácio IV tendo ganhado o Pantheon do imperador bizantino Focas, o nomeou igreja cristã dedicada à Santa Maria e Todos os santos (Mártires).

As estrutura interna de sua cúpula é formada por quadrados que apresentam o formato conforme a figura acima, o que além de representar sua arquitetura foi pensado durante sua construção com o objetivo de deixar a cúpula mais leve. O diâmetro da circunferência do piso de mármore da igreja possui um raio 43 metros, assim como a altura do chão até sua cúpula formando um triângulo imaginário internamente. Outra curiosidade do Pantheon são os seus mais de 20000 furinhos no piso para que a água da chuva escoe já que a cúpula nunca é fechada. Atualmente a igreja abriga um monumento em homenagem ao pintor Rafael e dois gigantescos túmulos dos antigos reis da Itália, Vitorino Emanuel I e Humberto I, além da rainha de Humberto I, dentre outras personalidades italianas.
Apesar de toda a história e das curiosidades do pantheon o mais surpreendente é a interação da população e dos turistas, é claro, com aquela obra de arte. Ao admirarmos o local em revistas, livros e por meio de pesquisas na internet a impressão que temos é que a área é isolada, reservada à preservação história e à preservação da arquitetura da relíquia a céu aberto. No entanto, quando lá, percebemos que tudo acontece ao redor do monumento, é assim com o Pantheon, com o Coliseu (aguardem as cenas dos próximos capítulos) e em toda a cidade. Roma teve o poder e a graça de misturar o Antigo, o Moderno e a Civilização.
Até o próximo post.
Saúde, sucesso e sorrisos =)
Gabi 

terça-feira, 3 de julho de 2012

A esplendorosa Piazza Navona.

Caros leitores, desculpe-me pelo atraso do novo post, tive alguns problemas com a conexão da internet em casa e acabei fugindo um pouquinho do propósito de postar às segundas e quintas-feiras. Mas, agora de olho no que realmente interessa, vamos à Piazza Navona.

Nós brasileiros temos de nos orgulhar, pois a Embaixada brasileira fica na maior e mais esplendorosa praça romana. Construída sobre um estádio no qual se praticava principalmente atletismo, nos moldes do século I, a praça barroquina possui o Palazzo Pamphilj, três fontes  e a Igreja de Sant’Agnese in Agone. Além de ser considerada como o centro social de Roma, onde sempre há algo acontecendo, seja durante o dia ou à noite, sejam em seus barzinhos, seja a presença de artistas com suas exposições a céu aberto, músicos com belíssimas interpretações de artistas consagradas na música clássica e/ou em mímicos que pintados e fantasiados apresentam-se na praça.
O Palazzo Pamphilj, que abriga hoje a Embaixada Brasileira, foi construído no século 17 para o Papa Inocêncio X. 

A Piazza Navona é a praça romana com maior número de fontes, três. A primeira ( e digo primeira não em uma ordem cronológica de quando elas foram construídas, mas a primeira que eu vi ) de suas fontes é a fonte que fica em frente à Embaixada, a Fontana del Moro, foi projetada por Giacomo della Porta e tem um de seus mouros feitos por Bernini, importante escultor italiano, embora a atual exposição seja uma réplica. Cabe a explicação de que um mouro seriam indivíduos que trabalham muito. A segunda é a Fontana dei Quattro Fiumi, a fonte mais famosa de Bernini, na qual as esculturas dos homens na fonte, representam os maiores quatro rios da época, o Nilo, o Prata, o Ganges e o Danúbio. Enquanto a terceira é a Fontana di Nettuno, também projetada por Giacomo della Porta.



A igreja de Sant’Agnese in Agone de Borromini foi erguida em 1657 em homenagem a virgem Santa Agnes que teria segundo algumas referências sido exposta nua para que renunciasse à sua fé e segundo outras se recusado a casar-se com um pagão.

A praça é incrível, quando eu cheguei lá eu não conseguia acreditar que tudo o que eu estava observando admirada, era apenas uma praça. Durante o verão (período em que estive na Itália) qualquer dia em que se vá à Piazza Navona, tem-se a sensação de que é domingo, há muitas crianças brincando, muitos turistas fotografando e famílias felizes. Tirei muitas fotos, me encantei com  bambinos parlano italiano, admirei as obras de Giacomo e Bernini e a igreja de Sant’Agnese in Agone de uma beleza sem igual, seus detalhes barroquinos, sua grandiosidade e a calma por estar em local sagrado eternizaram aquele momento e aquela vivência na Piazza Navona.

Até o próximo post.
Saúde, sucesso e sorrisos =)
Gabi