Era meu segundo dia naquela cidade tão rica, histórica e culturalmente. Gastronomicamente então, nem se fala. Então saímos para descobrir a cidade. A primeira praça pela qual passamos foi a Piazza Farnese na qual se destaca o Palazzo Farnese, atual Embaixada Francesa. O local que é fechado ao público, foi terminado por Michelangelo após a morte do primeiro construtor que a projetou para Alessandro Farnese, nomeado Papa Paulo III, em 1534.
Perto da praça andando pelas ruazinhas estreitas de Roma, Sara seguia o mapa e eu apenas observada as peculiaridades dos locais por onde passávamos, até que chegamos a uma praça onde ocorria um mercadão a céu aberto, uma espécie de feira, uma das maiores da cidade, estávamos no Campo de’ Fiori, Campo das Flores ou também Mercado das Flores, em uma tradução livre, foi um dos lugares mais surpreendentes que conheci. Haviam inúmeras frutas, verduras, legumes e principalmente flores dos produtores locais, mas o que realmente me surpreendeu foram as pastas... Fiquei impressionada, nunca havia imaginado, muito menos visto tamanha variedade, havia macarrão de tudo quanto é jeito, inúmeras cores e formatos. Sabe mulher (bom, a maioria delas pelo menos) em dia de liquidação, em loja de sapato, com crédito ilimitado no cartão? Então, a sensação que tive não passou nem perto, eu fechava os olhos e conseguia imaginar um a um quentinho e prontinho para degustação, a dúvida foi gigantesca, mas depois de observá-los bem, ler rótulos (ler aquilo que eu entendia de italiano... na verdade quase nada) e pensar um pouquinho nos molhos que prepararia e com os quais tipos combinariam, consegui escolher três pacotes... rsrs
Tendo me acalmado pós-agitação pelo macarrão, Sara explicou-me um pouquinho mais sobre o Campo de’ Fiori, que desde a época medieval já era um dos locais mais animados de Roma, apesar das inúmeras execuções que ocorreram por lá. Uma estátua do teólogo e filósofo Giordano Bruno fica bem no meio da praça para nos lembrar de uma das execuções mais famosa que ocorreu na Santa Inquisição, a execução de 17 de fevereiro de 1600 devido à crença do filósofo em um universo infinito no qual haveria vida inteligente como na Terra, além de se recusar a negar a Teoria de Kepler de que a Terra girava em torno do Sol, na qual ele também acreditava.
Sara explicou-me tudo em inglês e ficou tão orgulhosa dela mesma, já que inglês e filosofia nunca haviam sido uma paixão, que enviou um cartão postal ao pai, professor de história e filosofia, contando que quando no Campo de’ Fiori havia explicado filosofia em inglês, a uma brasileira. A riqueza dos detalhes e a pesquisa feita por ela para que aquela estátua em meio a uma praça, a única Praça em Roma que não possui uma igreja, deixou-me muito feliz porque foi essa a principal riqueza que adquiri com a viagem, todo o conhecimento que absorvi.
Espero que tenham apreciado a leitura!! =)
Até o próximo post!
Saúde, sucesso e sorrisos =)
Gabi
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Gabi